
 
				Em pronunciamento no Plenário na terça-feira (28), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) (foto) voltou a criticar a expansão das apostas esportivas on-line — as chamadas bets — no Brasil. Ele questionou a proposta de criação de uma plataforma da Caixa Econômica Federal para esse tipo de jogo. Girão informou que, junto com o senador Cleitinho (Republicanos-MG), protocolou representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a iniciativa. Essa notícia de que a Caixa Econômica iria também explorar é um escárnio com o povo brasileiro, e eu espero que o Palácio do Planalto tenha o mínimo de bom-senso e de coerência, se é que a gente pode esperar alguma coisa de lá, para barrar essa tentativa, porque eu estou tratando aqui, hoje, de uma representação minha, em conjunto com o senador Cleitinho, protocolada no Tribunal de Contas da União, com sérios questionamentos à validade de a Caixa Econômica Federal implantar apostas no Brasil. É mais uma grande incoerência deste Governo — declarou.
O senador apresentou números sobre o impacto econômico desse tipo de aposta na vida dos brasileiros. Ele argumentou que milhões de beneficiários de programas sociais já destinaram parte da renda para o mercado dos jogos on-line. Segundo Girão, essa atividade aprofunda a vulnerabilidade de famílias de baixa renda e fortalece a atuação do crime organizado. Ele destacou que relatórios da Confederação Nacional do Comércio e Turismo (CNC) apontam o uso das plataformas desses jogos para a lavagem de dinheiro de facções criminosas. Também indicam que recursos que antes eram destinados ao consumo das famílias (como alimentação, educação e lazer) estão sendo redirecionados para gastos com apostas on-line.
Relatório do próprio Banco Central do Brasil demonstrou que, apenas no mês de agosto do ano passado, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família fizeram pix para pagar essas apostas, totalizando mais de R$ 3 bilhões. Segundo relatórios de 2024 produzidos pela Confederação Nacional do Comércio e Turismo, R$ 103 bilhões saíram do varejo e foram para as casas de apostas. Dinheiro que antes ia para poupança, restaurantes, lazer e educação do povo brasileiro agora está sendo desviado para as bets, que lavam o dinheiro do crime organizado, afirmou.
 
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