Ex-presidente da OAB-DF Kiko Caputo articula pré-candidatura ao GDF

Ronaldo Nóbrega

Editor Sênior Justiça em Foco

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Francisco Caputo, conhecido como Kiko Caputo, atual Conselheiro da República e Conselheiro Federal da OAB, articula discretamente sua pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF) nas eleições de 2026, segundo fontes ligadas aos meios jurídico e político da capital.

A movimentação recoloca a advocacia organizada no centro do debate político local e reforça uma tendência observada desde 2018, quando o atual governador, Ibaneis Rocha, também egresso da OAB-DF, transformou o prestígio institucional da advocacia em capital eleitoral.

Caputo é formado pela UniDF, presidiu a OAB-DF em 2009, foi conselheiro federal por três mandatos e recebeu, em 2014, o título de Cidadão Honorário de Brasília. Mineiro de Juiz de Fora e radicado na capital desde 1973, o advogado construiu uma imagem de gestor técnico e conciliador, com trânsito entre diferentes setores da sociedade civil, incluindo empresários e lideranças comunitárias.

Fontes próximas ao ex-presidente da OAB-DF afirmam que as conversas sobre a formação de alianças têm ocorrido de forma reservada, com foco em um projeto de perfil técnico e institucional, voltado à gestão pública e à reconstrução da confiança política.

Analistas avaliam que a pré-candidatura de Caputo reflete o fortalecimento de um novo eixo de poder no Distrito Federal, em que figuras com histórico jurídico e reputação institucional ganham espaço em meio à fragmentação dos partidos e ao desgaste das lideranças tradicionais.

A presença de representantes da advocacia no cenário político local é vista como um fenômeno de continuidade. Desde a vitória de Ibaneis Rocha, a OAB-DF se consolidou como um dos principais espaços de formação de quadros políticos na capital, com influência crescente sobre a pauta pública e sobre as redes de apoio empresarial e institucional.

Com o tabuleiro eleitoral ainda indefinido, a movimentação de Caputo é interpretada como um sinal de que a advocacia volta a buscar protagonismo na política brasiliense. 

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