- Invasão pode comprometer a cadeia produtiva da carnaúba. Devido ao risco para a carnaúba o deputado Leônidas Cristino (PDT-CE), que solicitou o debate.-
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados debate nesta terça-feira (4) a importação do fungo Maravalia como método de biocontrole para a infestação da Caatinga por uma espécie de planta exótica e invasora conhecida como "unha do diabo" (Cryptostegia Madagascariensis).
O debate será realizado às 10 horas, no plenário 4.
Risco para a carnaúba
O deputado Leônidas Cristino (PDT-CE), que solicitou o debate, explica que a Cryptostegia madagascariensis é uma trepadeira exótica, que foi documentada pela primeira vez em 2006 como capaz de invadir e sufocar áreas extensas de Caatinga intacta e formar massas impenetráveis que matam as árvores, sobretudo a carnaúba.
Essa invasão já está, segundo o deputado, inviabilizando a extração da palha de carnaúba em áreas extensas. Ele lembra que, no Ceará, cerca de 96.300 pessoas trabalham diretamente na cadeia produtiva da da carnaúba, gerando renda para as suas famílias e impactando.
Leônidas Cristino informa que há uma pesquisa sobre o biocontrole dessa espécie invasora liderada pelas universidades federal de Viçosa e do Ceará, pelas universidades estaduais do Ceará e de Feira de Santana, e pelo Centro Internacional de Biociências Agrícolas (CABI), com o apoio da Associação Caatinga, uma organização da sociedade civil cuja missão é conservar a biodiversidade da Caatinga.
"É fundamental unirmos esforços para encontrar soluções eficazes para problemas que não apenas comprometem a biodiversidade, mas também impactam significativamente a vida de milhões de brasileiros que dependem diretamente dos recursos naturais da Caatinga para sua subsistência", afirma o parlamentar.