Vivien Mello Suruagy acredita que o governo será sensível à questão do emprego e lembra que as empresas precisam planejar-se para 2024
A Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra) apoia a manifestação que será promovida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), ao lado de outros sindicatos, para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancione o projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento dos salários dos 17 setores que mais empregam no País. O ato está marcado para o dia 8 de novembro, na Avenida Paulista, a partir das 10 horas.
“A desoneração contribui para manter e gerar postos de trabalho e, por isso, é muito importante que permaneça. Acreditamos que o governo deva sancionar o projeto com rapidez, para que as empresas tenham segurança, possam planejar-se e manter a mão de obra empregada”, afirma a presidente da Feninfra, Vivien Mello Suruagy.
O Projeto de Lei (PL) 334/2023, que trata da prorrogação de desoneração, foi aprovado pelo plenário do Senado na noite de quarta-feira (25 de outubro). “A maioria dos senadores entendeu os benefícios gerados pela desoneração, com mais empregos e investimentos. O próprio governo sai ganhando, pois há aquecimento da economia, com aumento do PIB, redução de gastos sociais com seguro-desemprego e aumento dos recolhimentos da Previdência”, disse Vivien Suruagy, lembrando que a atual desoneração expira em 31 de dezembro deste ano.
“A reoneração triplicaria o custo com a folha de pagamento. Apenas no setor de telecomunicações, 530 mil empregos estariam ameaçados. Acreditamos que o governo será sensível a essa questão, já que emprego sempre foi uma pauta prioritária do Partido dos Trabalhadores”, afirmou. “Além disso, na área de atuação da Feninfra, cerca de 55% dos recursos humanos são mulheres e jovens em seu primeiro emprego. Em muitos municípios, as empresas do setor são as maiores empregadoras. Ou seja, a manutenção dos postos de trabalho terá grande impacto social”, complementou.
A desoneração da folha permite às empresas dos setores contemplados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. Dentre os 17 setores impactados, estão call centers, comunicação, serviço de tecnologia da informação, serviço de tecnologia de comunicação, calçados, têxteis/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos e transporte metroferroviário de passageiros, rodoviário coletivo e de cargas.