A Polícia Militar prendeu, durante a quarta fase da Operação Adaga, mais de 2,1 mil foragidos da Justiça em 15 dias, um recorde de prisões em relação às outras etapas. A ação, que tem o objetivo de retirar das ruas criminosos que já foram condenados por diversos crimes, já capturou mais 5,8 mil procurados em oito meses.
“Nosso objetivo era retirar das ruas indivíduos procurados pela Justiça, em especial os que tinham sido condenados por crimes contra o patrimônio, para reduzir os indicadores de furto e roubo. A operação foi um sucesso e estendemos para outras fases”, comentou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Aqui em São Paulo vamos continuar cumprindo nosso dever, que é combater o crime, em especial o organizado, e proteger a população”, concluiu.
Durante a primeira fase, iniciada uma semana antes do feriado de carnaval, foram 1.089 capturados. Devido à quantidade de presos, a operação se estendeu e prendeu na segunda fase 1.075 foragidos, e na terceira, 1.286.
“A operação é um sucesso absoluto e está desequilibrando ao nosso favor os indicadores criminais. É a maior operação de presos no Brasil e isso vai impactar nos indicadores de roubo e tráfico de drogas. São menos bandidos na rua e mais segurança para a população”, ressaltou o coronel Cássio, comandante-geral da Polícia Militar.
A eficácia dessas e de outras ações para combater o crime em São Paulo já é percebida nos indicadores criminais. No estado, os roubos em geral mantiveram tendência de queda, com recuou 2,4% nos sete primeiros meses do ano, que terminou com 134.911 registros contra 138.235 no mesmo período de 2022.
Além disso, todas as outras modalidades de roubo também caíram no estado no mesmo comparativo. Roubos de carga teve queda de 7,2%; o de veículos, 3,4%. Já os roubos a banco recuaram de 10 para 6 casos, o menor número já registrado para o período desde 2001, quando a série histórica começou.
Tornozeleiras eletrônicas
Outra medida adotada pela pasta para coibir a reincidência criminal é o monitoramento, por meio de tornozeleiras eletrônicas, de infratores soltos em audiências de custódia na capital paulista, em especial os acusados de agressão contra mulheres com medidas protetivas e também os reincidentes em outros crimes. Atualmente, a estimativa é que mais de 300 mil condenados ou acusados cumprem pena ou respondem processos em liberdade sem algum tipo de monitoramento eletrônico.